quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

admirável ano novo


Restam-nos umas poucas horas para a virada do ano. Contamos os minutos, preparamos as cadeiras, treinamos o pé direito para que não nos falhe na hora. Preparamos as passas e pensamos nos desejos a pedir. Mais importante ainda: reflectimos no que passou e estabelecemos objectivos para o vindouro. No fundo, pouco mas bom, nada mais importa. Como diz o N. para quê pedir muito mais se o que temos agora é tão bom. Que seja igual ou melhor, desejo-vos a todos igual. Bom Ano.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

mais vale um pássaro na mão do que dois a voar...


Demorou mas já o temos. Está sentadinho na mesa em frente ao sofá, ao lado da lareira, a olhar para a sala, cheio de porte e importância.

Acho que existem objectos que foram feitos para nós, que têm a nossa cara... Gostamos de olhar para eles e contemplá-los, apenas pelo puro prazer que nos dá tê-los.

Na vida vamos coleccionando estas memórias e vamos imprimindo a estas peças pedacinhos de nós. Eu tenho alma de "sucateira", pelo que o meu legado será feito de milhares de histórias em formas e feitos do arco da velha. Pássaros e elefantes, bonecas espanholas, chinesas e brasileiras, máscaras venezianas, candeeiros italianos, jarras alentejanas, taças de limoges francês e velas 100% portuguesas (sou fâ da Ach Brito, yummy).

Eu vou para o mundo e trago um pouquinho comigo, sempre...

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

bate leve levemente


Olha e não é que nevou?

Pois, para mim isto é mesmo uma coisa do outro mundo. Já não via neve há uma catrafada de anos! Quando começamos a subir a serra confesso que estava sem qualquer vontade de me sujeitar aos graus negativos, aos pés enregelados, á ponta do nariz vermelha. Mas quando comecei a ver os floquitos, tão timidos no inicio, a baterem no vidro do carro, fui conquistada.

O mais incrível é que quando parámos, por medo, porque começava a nevar bastante e nós somos marinheiros de 1ª Viagem, voltamos todos á infância. Não me vou esquecer do meu pai, a correr na estrada gelada, com as mãos gigantes cheias da dita, pronto para uma batalha de bolas de neve!

Cá fica registado o momento, prova de que quando menos se espera...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Xmas

O Natal é a fonte das esperanças e desejos de todo um ano. Nesta altura, respiramos fundo e, depois de toda a azáfama das obrigações da época, tentamos pensar no que é realmente importante...

Assim juntamos as famílias, abrimos as casas, arejamos as louças, visitamos os amigos e falamos com as pessoas que já nem fazem parte da nossa vida diária, mas de quem temos saudades. Homenageamos os que tomaram conta de nós, agradecemos aos que nos acompanharam sempre e à noite, quentinhos, enrolados no sofá, ao som do crepitar da lareira, pensamos na vida que temos tido.

Este ano foi muito pesado, cheio de coisas novas: boas e más. Mas na verdade, olho para mim hoje e acho que sou uma pessoa um bocadinho melhor e que, em contrapartida, a vida também tem sido um pouco melhor para mim. Assim, com este pensamento, aproveitei o meu Natal em pleno. E percebi que tudo é possível e tudo se faz, desde que seja com humildade, honestidade e amor.

Desejo a todos um Bom Natal, junto dos que se ama e com muita Saúde, para que possamos renovar estes votos por muitos anos...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Viver para te amar, meu Rio de Janeiro





Ok, mais uma vez, ausentei-me por uns dias. Desta vez, porém, não foi a pregiça que me afastou das lides virtuais mas sim a minha quase habitual visita à minha 2ª cidade de mundo: o Rio de Janeiro!

A viagem é suada, as articulações atrofiam, o tédio assume proporções clautrofóbicas mas a primeira pegada em solo brasileiro sabe a casa. Cheira a casa, soa a casa... Continuo tão apaixonada como no primeiro dia em que lhe pus a vista em cima.

No entanto, desta vez, zangámo-nos. Arrufo de "namorados", mas foi sério e demorou um pouco para fazermos as pazes.

Tudo começou bem, com viagem directa para Búzios. O último paraíso (que eu conheça;P) na terra. Bem para mim, pelo menos: tem tudo! Praia, sossego, aldeia de pescadores, taxi barco que nos levam de onda em onda, suquinho, água de coco e mmuuiiitasss compras! Pronto, admito! Para quem me tomava por uma lírica delirante, com objectivos imateriais está redondamente enganado. Quando cheguei á Rua das Pedras até fiquei tonta com tantas lojas, roupas, sapatos, bikinis.. MEU DEUS!!!

Coitado do meu tio, que fez o sacrificio, pelo qual lhe agradeço publicamente, de aguentar estoicamente, sem um único queixume.

Dolce fare niente, muito bronze e lagosta grelhada na praia. ROAM-SE DE INVEJA!!

Só durou 2 dias...:))

Depois, no Rio, que como a nossa casa, tem coisas boas e coisas más apanhámos tempo tropical. Toda a gente agia muito naturalmente e passeavam-se pela rua como se estivessemos no pino do verão. De facto estavam 30º, mas a humidade era de 100% e chovia torrencialmente.

A chuva é grossa, quente.. Molha mesmo, inunda, tapa-nos a visão, lava ruas e almas, menos a minha que por algum tempo só via lixo e miséria. O rio vive apertado entre favelas. E não, não falo da Rocinha, que é uma favela turística com "regras de etiqueta" e "Códigos de honra" para bandido. Falo das várias "Cidades de Deus" que se espalham viricamente pelos arrabaldes. Ás vezes penso que turista que chega ao Rio e segue do aeroporto para a cidade, deve ficar com vontade de voltar para trás imediatamente, para de onde veio. Será de propósito?

Ainda deu tempo para passear em Copacabana, Ipanema, no centro, a visitar a Colombo, com direito a quindim e tartelete de maracujá e almoçaradas orgiásticas no Porcãos Rio e a feijoada do Copa, no Sábado.

O pior foi visitar Shopping e sair a correr, angustiada e ligeiramente enjoada com a fauna e depois, no concerto da Bethânia, no Canecão, ver tantos solitários, à procura de companhia para uma noite, um pouco de calor humano. Que é que é preciso mais? Acabei por fazer as pazes com o Rio, quando a ouvi gritar, enquanto o povo pulava: "do lado sul do Equador o pecado não existe". No fundo, que se lixe, não é?

No regresso, fui batendo chapa dos milhares de insólitos cariocas. Depois, devo arranjar uma ou outra recordação paradisíaca, só para meter nojo!

Amo o meu Rio, até para o ano!!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Aquário


Arranjei uns novos amigos.

Passo com eles grande parte do dia e se não tivesse tido tanto que fazer, acho que já os teria contado. É uma sensação tranquila esta de viver dentro de um aquário.

Amanhã, que bom... é sexta feira!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

às 8:15H.

São 8:15H e eu começo a trabalhar.

Não sei se é bom ou mau. Sobretudo o meu cérebro não está preparado para estas novas rotinas mas tenho esperança que o meu corpo se adapte.

Afinal, só tenho de acordar uma hora mais cedo e agora esta mudança para o horário de inverno não foi má de todo, porque o dia acorda comigo. Saio ás 18:30H todos os dias e almoço em casa, o que é inédito para mim. E depois, "cherry on top of the cake", tenho fins de semana e que começam 6º F depois do almoço.

Ok, não está mal, certo?

Então, digam-me: o que é que me continua a faltar?

sábado, 25 de outubro de 2008

E quando menos se espera...

Ok, de facto abandonei-vos.

Tenho andando a levitar noutras estratosferas, perdida noutros pensamentos e explorando novos caminhos.

Basicamente, comecei a trabalhar:)

Não queria nada voltar a ter um chefe, um big boss, um patronato a quem dever lealdade. Não me apetecia ter de me vergar às vontades, obedecer a ordens, seguir sugestões contrárias. Não me apetecia mesmo voltar a ter um horário fixo, horas para comer, horas para dormir e horas para me divertir.

Mas, bem vistas as coisas, que somos nós senão bichos de uma sociedade de vícios, de rotinas, de regulamentos. Eu não sou diferente. Preciso de estar constantemente ocupada porque o ócio, por pouco que seja, não deixa de me causar algum remorso. Trabalhar é tão bom como não trabalhar, a verdade é essa...

Se o trabalho não vem ter comigo, fui eu em em busca dele e cá estou, para o que der e vier... Pelo menos até ao próximo!!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

trinta e huh?


Pois.

A partir de agora vai ser trinta e huh?

O bolo mais parece uma quiche, mas na verdade é um FABULOSO bolo de maçã, comprado na Casa da Avô Doce, que só faz iguarias caseirissimas e que pôs os menos expectantes completamente de rastos. Cantei os parabéns e recebi os telefonemas dos amigos e familiares. Está feito, para o ano há mais!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

ovos de aniversário



Ora, ainda nao chegou o dia e eles já começam a chegar!

Da Bonacina veio um muito cobiçado presente: uma EGG miniatura, com pendente e tudo!!

Depois de ter visto esta edição comemorativa dos 50 anos da peça, andava a chatear a cabeça de toda a gente porque adoro a original e como boa colecionadora estava desejosa de ter uma pequena para mim.

A Rosita, que é um amor, não se esqueceu e enviou-ma. Sem querer, veio na altura certa:)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

a velhice

Sexta feira faço trinta e UM anos.

Já anunciei: agora só o reconhecerei aos quarenta.

Até agora, nada me fazia realmente sentir a passagem dos anos. Um dia seguia atrás do outro e com tantas preocupações, ocupações e insatisfações do quotidiano, mal damos pelas diferenças.

Não é que me sinta mais surda ou mais cegueta. Ou que tenha reumático e a comida já não me saiba igual. Quanto ao alzeihmer, não digo nada, já me acostumei a memória de ervilha... Na verdade só noto quando ouço e percebo que, em geral, os meus comparsas na velhice já não admitem certas coisas, já não engolem todos os sapos e não estão para viver em sofrimento, em prol do dever cumprido.

Será um mal geracional ou estamos só a ficar caquéticos e resmungões, marretas deste show da vida?

domingo, 5 de outubro de 2008

4º Piso

Eu tenho uma sorte dos diabos!

Fui criada entre paredes e aprendi com os meus pais que os vizinhos são seres malévolos que só se intrometem nas nossas vidas, que fazem barulhos estranhos, geralmente têm máquinas de karaoke que utilizam com os amigos ao Sábado á noite ou apanham todos uma grande piela ao som da Fáfá de Belém até às 3 da manhã!! Quando não são eles, são as crianças que "cavalgam" pelas escadas todo o dia ou os cães, abandonados nos quintais e que choramingam o dia inteiro. Muito mau, não?

Mas eu tenho os melhores vizinhos do mundo e foi aqui que vim encontrar novos amigos, talvez os mais próximos e os mais intímos que tenho. Com eles posso contar e estamos em contínua evolução. Os Bonis, que têm 4 gatos, 1 canito Piloto e agora um bébé Matias, vivem em suave felicidade e com uma complacência em relação ao quotidiano que já me fez ter vergonha das minhas queixinhas da vida. Os dias passam, e eles vivem em constante presente, são uma inspiração. A vida foi trazendo novidades e estas foram sempre recebidas de braços abertos...

Os fontes dias, água e vinho, azeite e vinagre, são como um relógio: a roldana de um mexe a do outro e tudo de passa em tranquila e passiva dependência, porque a felicidade é muito mais importante que tudo o resto, na vida. São frenéticos mas preguiças, sábios e cómicos, amigos do peito, da cabeça, das pernas e dos braços, têm um coração gigante, pronto a partilhar!

Eu e o N., na nossa nova vida, aprendemos muito com eles e gosto deste sentido de comunidade. Adoro os nossos encontros imprevistos, nas entradas de cada casa, os pedidos de ovos ou açucar, os encontros tardios no chill out, para ouvir as últimas do DJ de serviço. Gosto de sair, jantar, ir a concertos ou ao cinema e depois, voltarmos todos para a mesma casa...

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

porto cool

O Porto está mais cool, não vamos negar.

A Baixa começa a ter umas manifestações de vida depois das 8 da noite. Ainda perduram as almas penadas da miséria que convivem agora com uma nata refinada de gente bonita que janta em restaurantes bonitos, que começam a surgir. Confesso que gostei do Al Forno da baixa. O menu é simpático, a comida corresponde às expectativas, o serviço não é brilhante mas não se pode ter tudo... Mas, sobretudo, o sítio é lindo e faz falta que existam mais como este. Podem espreitá-lo aqui!!

Para terminar, chá verde com laranja na Casa do Livro, onde estava a decorrer mais um concerto jazzístico. Vale sempre a pena sacrificar um pouco a semana e ficar até mais tarde, também... uma vez não é sempre:) Prova dada pelos inúmeros resistentes ao frio outonal que se abateu ontem na cidade e que conviviam na rua da Galeria de Paris, indiferentes ao clima.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Bons velhos tempos



Há muito tempo atrás, desenhar era como respirar. Ficávamos horas concentrados num corpo ou num detalhe, uma pintura ou um busto e exercitávamos as mãos, brincando com os materiais, as cores e as texturas. Foi uma altura de grandes trabalhos e muita garra a tentar escapar-se, sem darmos por ela.

Ontem dei com uma data de desenhos, deste meu período áureo. Foi um prazer revê-los, tantas memórias tenho quando olho para eles. Vou começando a colocá-los cá, aos pouquinhos para que permaneça, intacto e seguro, o registo de alguns dos meus feitos.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Parcerias

No fundo do túnel começa a surgir uma luzinha.

Os contactos e as colaborações são os motores de qualquer negócio e vamos iniciar agora uma parceria com a Sexto Som.

A Sexto Som é uma empresa de consultoria audiovisual e fornecedora de equipamento de segmento topo de gama.

É unir o útil ao agradável, já que queremos partilhar clientes e fornecer um serviço ainda mais completo, dentro do meu conceito preferido de sempre, o da "chave-na-mão".

O site da Sexto Som ainda está em construção mas o aval está dado. Se quiserem serviço personalizado e com relação qualidade-preço ao nível, não hesitem em contactá-los.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ah, não poderia esquecer-me de aconselhar o filme de Domingo:

"Bem-vindo ao Norte" realizado por Dany Boon, foi uma agradável surpresa! Para começar a semana, com um sorriso de orelha a orelha, vão ver! Antes que seja enconstado para canto, vale a pena...

são jacinto, padroeiro do nosso fim de semana



O conceito fim de semana é brilhante. Como sempre trabalhei aos Sábados isto, para mim, é completamente novo. Adoro, pura e simplesmente. Só tenho pena que não dure mais um dia, porque nós merecemos cada horinha de "dolce fare niente". Aliás a semana deveria ser composta por 4 feiras, um Sábado, um Domingo e um Segundo. Tenho dito...

O nosso padroeiro nestes dias é São Jacinto. Traz-nos passeio de Jeep, ria, mar aberto, muitos pescadores, alguns surfistas, empadas de atum deliciosas e prolongadas sonecas.

Vale a pena madrugar para o efeito. O N. fica feliz e cansado, eu durmo pelos últimos dez anos e os compadres, que estão sempre bem em qq lado, ajudam á festa.

Fica a promessa de voltar, espero eu...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

quando eu for grande

Ando farta de roer os cantos dos dedos. É uma mania de criança, sempre que os nervos se agitam, lá estou eu a rilhar os polegares. Não é bonito, eu sei, mas é sinal de que alguma coisa tem de acontecer e eu estou em pulgas.
Daqui da janela do 4º Esq. Frente, vê-se o mar, muito azul e as cortinas estão em reboliço com este vento de Outono.
Aqui, sentada á secretária, cheia de sonhos, só penso e repenso, enquanto tamborilo os dedos no branquinho do tampo, truz, truz, truz *embalada*
Que falta faz agir, sem pensar, sem recordar erros passados, saltarmos de um penhasco para o infinito ou fecharmos os olhos e continuarmos a andar, sem medo. Tropeçar, cair, esmurrar os joelhos e o queixo, e depois voltar a levantar, sem vergonha, e começar tudo de novo.
Dizer sempre que sim ou que não, sem medo das consequências. Sem pensar se vai ou não resultar. Atirar muito, muito barro á parede.
Acreditar nos amigos e confiar em nós. Sem desistir a meio, só porque é fácil. E saber esperar pelos resultados com muita tranquilidade. Ou tomar a responsabilidade de fazer o correcto, o que é melhor para nós, "nós" que é um conceito recente mas que sabe a pipoca e a algodão doce e que vale a pena preservar!
Arriscar por amor à camisola. Mas qual delas, afinal?

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

As coisas simples da Vida


Desculpem os clichés, mas as coisas simples da vida é que são o nosso real motor de ânimo.

Quando o espírito está em alta, os amigos em sintonia, a praia é de sonho (que as temos tantas aqui no nosso Portugal), a comida é de chorar por mais e o vinho está a estalar, na verdade, que mais é que se pode querer da vida?

Caso para dizer, estivemos de passagem pela Rua da Felicidade, bem hajam...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

100%

Ora, estava eu aqui sentada a olhar para o correio e a pensar: "que ganda seca, mais umas contas para pagar, que pouco original...", quando vejo um pequeno envelope plástico com vários papéis no interior.
Curiosa, olhei-o mais de perto e vejo no interior uma cartinha, endereçada à Ms. Andreia Miranda, Designer, que sou eu.


Roí-me toda. Mandaram-me o meu "badge" , para a 100% Design London, pois registei-me há que tempos na secreta esperança de poder estar lá, neste momento. Infelizmente, caso para dizer: "Sad change of plans..." não estou, pelo que fica aqui o registo do momento para que na próxima não me marquem falta.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Temos o prazer de vos apresentar: THE OPORTO SHOW





Este ano, participei e desenvolvi, em parceria com a loja onde estava a trabalhar, um stand no THE OPORTO SHOW, dedicado á marca das marcas: a Cassina.

Importa dizer, o que muita gente ainda não sabe, que o The Oporto Show é um evento realizado no Edifício da Alfândega, no Porto, onde se reunem marcas de gabarito internacional e se mostram as tendências na decoração de segmento alto.

Ainda é um show pequeno e ajustado ás condições possíveis. Mas é o que temos e deveríamos agarrarmo-nos a ele de unhas e dentes, já que se todos tiverem o mesmo propósito, a coisa pode ganhar contornos mais sérios e ser mesmo uma referência europeia. Todas as grandes feiras tiveram que começar por algum lado, por isso deveríamos ser mais construtivos na nossa critica e não deixar que a ideia morra.

Este ano tivemos que pensar numa ideia mais original para o stand, já que o espaço não pede estruturas fechadas e claustrofóbicas. A própria Alfândega já é uma masmorra e assim sendo, optamos por realizar um projecto aberto e amplo, onde as pessoas pudessem circular á vontade.

A ideia do desenho técnico, com cortes e plantas, resultou muito bem e a recepção do público e da imprensa foi muito além das expectativas. Para mim, foi um trabalho suado mas compensador. No meio de muita vulgaridade e comodismo, há quem tenha feito um real esforço para primar pela diferença.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

além tejo e foz do douro

Este fim de semana vamos para fora. Que bom, gosto disso...

Ir para fora é um conceito que eu desconhecia até há bem pouco tempo porque em toda a minha vida adulta, sempre trabalhei aos Sábados.

Nos bons velhos tempos, a loja enchia e os clientes atropelavam-se para serem atendidos. Nós suávamos, a correr de uns para os outros carregando catálogos e ideias. Quantos não desistiram e se foram embora, tudo se vendia e os projectos caíam-nos nas mãos. Agora, só os melhores é que se aguentaram e os Sábados passaram a ser longos e monótonos, a ver a chuva cair e o tempo gelado no relógio.

É bom passar o fim de semana no Alentejo. Um Sábado e um Domingo inteirinhos. Com direito a praia da Amália e jantares de mariscada naquela aldeia plantada em cima do penhasco. Para matar saudades e para manter o pensamento positivo. Afinal, já o disse, querer, hoje em dia, é fazer. O mais depressa possível, para não mudarmos de ideias...

Colibri


Andei anos a pensar o que iria fazer com a parede da entrada de minha casa. Um verdadeiro quebra-cabeças, já que a parede maior está toda rasgada com portas e seria sempre difícil dar-lhe o ênfase necessário. A entrada tb é bastante escura e só tem um pequeno aplique de parede pelo que teria ser ainda mais cuidadosa com as cores, para que não ficasse apagado e triste.

Um dia passei na loja da Ana. Ela faz padrões lindissimos e depois imprime-os em papel, próprio para colocação. A vantagem do serviço é que podemos personalizar os papéis, dando-lhe ideias e imagens que ela depois transforma.

Foi amor à primeira vista. Vi-o na montra e disse, este tem de ser meu. Depois de conversarmos, decidimos alterá-lo e colocar um pássaro muito mais ao meu gosto, que ela desenhou na perfeição. Eu gosto muito de colibris e sobretudo, atipicamente, gosto mesmo muito de amarelo.

Vocês poderão julgar, afinal, que tal ficou?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O que fazemos...


Eu gosto do que faço todos os dias. Podia estar mais virada para isso em dias ímpares ou três vezes por semana, mas não. O que me move é trabalhar nas minhas decorações e mexericar em tudo o que é bonito.

Hoje estive a preparar tecidos para decoração de uma casa. São pilhas de referências e cores, uns bordados, outros lisos, veludos e sedas, é um prato cheio. Depois de escolhermos, brincamos com as cores e sobrepômo-las, sonhando com o resultado final. Registamos referências, pedimos metragens e preços, verificamos rapports. Em breve vai estar pronto e a casa vai ficar mais perto do fim.

Eu por mim, já tenho saudades deste projecto e anseio pelo próximo, para poder começar tudo outra vez...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Bombardeiro






Hoje a Margarida veio-me buscar e fomos bisbilhotar a Rua Miguel Bombarda.

Quem sonha com movimentos artísticos alternativos e manifestos de criatividade, passa obrigatoriamente por aqui. Mas eu que, apesar de tudo, navego no mar da imparcialidade conservadora e não sigo nenhuma política tendencial, fiquei sem saber que pensar...

Miguel Bombarda tinha tudo para dar certo. Mas vive apenas de dias sazonais: as inaugurações das galerias da rua. Todos os outros dias, especialmente á semana, os espaços estão vazios, sem músicas ou ruídos, com meninas e meninos entediados, sentados a olhar para o vazio. Nas ruas, as portas estão fechadas e há lojas que só funcionam ao fim de semana, pudera...

O mais estranho é que quando entras, ninguém quer vender-te nada. Aliás, em frente a uma fatia de bolo de noz e uma meia de leite, vi-me pasmada com as caras de chateação de quem nos serviu. Mas afinal, o que é que se pretende?

O conceito é belo e há excepções, destaques feitos a algumas lojas no quase simpático CCB, á Muuda, na Rua do Rosário, e ao Edificio Artes em Partes que apesar de tudo mantém-se igual a si próprio. Para o "chá das cinco" fiquei entusiasmada com o Quintal, mix de biológico com gourmet.

Ainda assim, o melhor indicador é que nenhuma de nós gastou um tostão... Alguém me diz quando são as próximas inaugurações?


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

The confort zone









Vamos começar a falar de sapatos.

Apresento-vos as minhas lonas do conforto.

São os sapatos mais mimosos, delicados e simples que vi em muito tempo.
De confecção artesanal, servem tanto pé de bébé como pé de mamã, já que existem em todas as medidas que se queira e em quase todas as cores do mundo: amarelo, vermelho, azul turquesa, verde limão, laranja e os clássicos preto, branco e ganga!!
Encontro-os sempre aos cachos, á espera de clientes, pacientemente. Depois de experimentar, quer-se a colecção toda. Já sabem:)



30 anos

Os meus 30 anos estão quase quase a acabar.

Nunca imaginei que tão redondo número pudesse ter tanta importantância na minha vida, e sem querer cair no cliché, um verdadeiro ano de mudança! Aos 30, a minha cabeça virou-se do avesso e por consequência a minha vida.

Tinha um amigo que me dizia sempre que o segredo para deixar a crise pós-adolescência era enfrentar a vida como um indivíduo, com ideias próprias e responsabilidades assumidas. Preocupar-me comigo e fazer o melhor para mim, sem receio do que os outros possam pensar. Não me sacrificar em prol da felicidade do alheio, encostando a minha própria para canto.

Por isso, digo-vos, o mundo dá mesmo umas voltas do arco da velha e fico feliz por pensar que depois de tanto esforço, consegui apanhar o comboio.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

JVR






Temos de começar por algum lado, é o que digo sempre. Claro que é muito mais fácil de dizer que falar. E ficamos assim com este chorrilho de frases feitas, sentados no sofá a olhar uns para os outros. Mas na verdade, os que nos falta é um empurrão e um palmito de talento para mostrar.

A minha amiga Joana está a começar a fazer uma linha de bijuterias. Eu adoro, sou compulsiva e digo-lhe muitas vezes que ela tem de continuar sempre na na sua linha recta,inovando e jogando com novos materiais.

No Sábado, fomos ver a 1ª Colecção mostrada a público.

O blog dela está aqui, à direita e a próxima colecção deve estar no forno.

Final da tarde



Na semana passada comprámos peixe no Mercado. Hoje vamos cozinhar lulas grelhadas, mas trouxemos robalos, fanecas e salmão. O mercado é lindo e vale a pena visitar, só para olhar. E não é todos os dias em que tens meia dúzia de senhoras a chamar por ti e a tratarem-te por "minha querida", "linda" e "amor", é bom para o ego:)

Hei-de trazê-lo para cá um destes dias.

Agora sento-me no sofá, descanso da guerreira. A luz está quente e cheira bem lá fora, a final de tarde de Verão, quem diria...

Aproveito e mostro-vos já o meu canto, recentemente presenteado com a nossa secretária Scritarello, da De Padova, uma das minhas marcas de eleição. Só falta o candeeiro, o Naska da FontanaArte (a marca de iluminação e tá tudo dito) todo branquinho!

No blog vai aparecer uma lista de marcas com que costumo trabalhar, para que percebam em que mundo me mexo e do que gosto. Estes últimos anos foram cruciais para definir um estilo que agora começa a ser característico, pelo que se quiserem espreitar, curiosos da decoração e futuros clientes, vale a pena...


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Cera no ouvido

Hoje acordei com chuva. Foi um dia de tal dilúvio que cheguei a pensar que a Arca afinal sempre poderia fazer alguma falta. Como tal, saí da cama num pulo, tomei o pequeno almoço com o N. que nunca tem sono de manhã, e depois esperei que ele saísse e corri para debaixo dos lençois, onde ainda estava quente e acolhedor.

Quando acordei para o dia, decidi labutar mais um pouco, nesta cruzada incrível que pode ser fazer um simples orçamento. Ainda assim, enquanto esperava e desesperava, decidi cultivar-me e fui à Ceranor.

Ora, importa explicar que a Ceranor é uma feira de decoração que se realiza todos os anos na Exponor e que supostamente apresenta as trends para o Inverno. Quase como uma Maison & Objet, assim mais ou menos, mas à "tuga".

Que raiva tive, por ver que nada muda, as caras são sempre as mesmas, mais gastas e envelhecidas e que tudo é feio e cinzento. Ou confirmar que afinal todo o sonho chic e glamour patriota se desmorona em patéticas tentativas lacadas alto brilho...

Os portugueses têm é cera nos ouvidos... Os poucos que ousam fazer algo NOSSO, só querem é fugir para fora daqui, com as traquitanas às costas e encher as casas de ingleses e escandinavos elegantes, de produto 100% nacional. Onde estão os apoios, perguntam eles? Onde está a feira do 100% NOVO, made-in-casa?

Pois, tb há que desabafar...É compreensível depois de ver tantas caras tristes e ansiosas, porque a crise está demasiado apertada, os ânimos caídos e os voos da Ryan Air para Londres, em plena "London Design Week", esgotados!

Eu tb quero ir, mas não posso. No entanto, apoio e divulgo os poucos que se aventuram, em equipa, apoiados pela Menina Design, designados como Portugal Brands. Vejam o site: http://www.portugalbrands.pt/

Boa Sorte a todos!!

Para o ano há mais...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Quem sou eu afinal...

O meu nome é Andreia e sou workholic.

Trabalho há já algum tempo em design e decoração de interiores, tendo passado por algumas lojas, locais fundamentais para a aprendizagem, onde fui sempre a mulher do mil ofícios e onde me ensinaram que era preciso andar sempre um passo à frente dos outros.

Ora, eu na verdade gosto de casas. Ponto final. Parágrafo.

Gosto de T0´s e moradias, apês e casas de praia, casas velhas e novas, andares ou bungalows. Gosto de minimalismo e barroco, veludos ou linhos, lãs e sedas. Preto e branco tanto como vermelho, amarelo e azul. Gosto de orquideas em vasos, oliveiras no jardim, canas da Índia nos terraços. GOSTO.

Assim sendo, descobri também que gosto de ser independente e autónoma e tomar as minhas próprias decisões. Quando decidi sair debaixo da saia da mãe, desejei também sair debaixo da asa da entidade patronal.

Lanço então, aqui no blog, o meu manifesto de exercício criativo pluridisciplinar, contactando com pessoas que façam coisas bonitas.

Eu, por minha parte, quero dedicar-me a projectos de interiores. O meu intuito é trabalhar em soluções para pequenas ou grandes casas, com pequenos ou grandes budgets, à escolha do freguês. Se estiver nessa situação ou conhecer quem esteja, o contacto provisório para envio de projecto será andreiappmiranda@gmail.com.

De resto, as actividades vão estender-se a outras áreas, pela qual é fazer o favor de continuar a passar por cá, porque o resto vai ser mesmo supresa...

sábado, 30 de agosto de 2008

Ode à Kangoo


Resta-me apresentar-vos a minha companheira no crime: a "minha" Kangoo, como a tratamos carinhosamente.
Foi o meu carro de trabalho neste último ano e fiquei apavorada quando me disseram que teria de conduzir uma carrinha com caixa, e pior, sem vista traseira!

Além se ser uma míope assumida, o que me dificulta muito a medição de distâncias, nunca gostei de conduzir carros de outras pessoas. Mas não! A Kangoo afeiçou-se a mim e conduzi-la passou a ser um prazer, muito leve, a andar que se farta, onde cabe tudo e que nunca me deixou ficar mal.

Sempre com a música aos berros, temos muitas horas partilhadas e fui a sítios onde sempre pensei que nunca me aventuraria. Mais um obstáculo vencido, hoje vou a todo o lado com qq carro.

Mas igual a este, não mais: Adoro-te Kangoo, até sempre!

Asiática


Hoje, como é outra vez Sábado e o meu último dia na loja, decidi animar o espírito com mais uma saia!! Da Marta Mourão, este é o modelo Asiática.

Foi amor à primeira vista, a quantidade infindável de pequenos detalhes do tecido tornam-na quase hipnótica:). Gostei tanto, tanto! que até comprei o meu primeiro par de sapatitos rosa choque, só para esta saia...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

mobília em família






Hoje digo "xau! até qq dia". De repente, percebe-se que ainda não caímos em nós e q este percurso vai deixar de fazer parte da rota diária.


É diferente... Tudo parece mais bonito e tranquilo, as pessoas dizem-te que vão sentir saudades, o coração fica mais apertadinho. Na verdade, eu tenho este problema: faço pequenas famílias em todos os lados e juntos criamos e fazemos coisas! O Studio foi um bébézito criado pela birra de uma marca e esta é prova de que para acontecer, o que é preciso é mesmo querer. Por isso, dentro de todas, pelo resultado final, mas sobretudo pela teimosia e perserverança, que nos garantiu o sucesso, esta deve ser das que gosto mais...


quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Há dias...


Há dias e depois há dias. Certo? Há dias alegres cheios de sol, risos, brincadeiras e liberdade. Depois existem aqueles em que já acordamos com dores de cabeça e sabemos que vai estar nevoiro lá fora quando corrermos o estore. Há dias mesmo maus, em que nem queremos sair da cama, porque temos medo do bicho papão que está a tocar-nos à campainha. Todos esses deveriam ser como o lixo: recicláveis e transformados em experiências e "calos" da vida. Em lições úteis e duradouras. E depois, o que ficasse de ruim, ia para o lixo orgânico, para se misturar com os restos que não têm interesse para nada.


Assim é, o meu sonho é ter uma cadeira de baloiço, como a minha avó tinha na sala de visitas, e passar as tardes a ler, a bebericar chá de flores e a tricotar (coisa que ainda nem sei fazer...). Com a Mayra Andrade a cantar-me e o incenso a queimar. Aproveitar cada segundo do prazer que temos na tranquilidade. Como isso pode ser difícil, não?