sexta-feira, 29 de maio de 2009

mas depois...

e quando corre mal? Como é que ficamos? Pois, ficamos assim, meias tontas pelas expectativas goradas. Mas nada mudou. Simplesmente não aconteceu. Ás vezes é tão bom, mas tão bom, que já deviamos contar que não poderia ser mesmo verdade. Et voilá, venha o próximo...

as compras

Ajudar os outros a comprar é uma responsabilidade com a qual tenho vindo a aprender a lidar.

Neste passo de gigante, dado com tanta vontade, vejo-me sem rede e tenho de pensar que não posso contar sempre com os outros para assumirem a responsabilidade de alguma coisa correr mal. Não sou de me enfiar num buraco no chão e quando algum dos meus erros prejudicaram as empresas onde trabalhei, sempre conseguimos contornar a situação e os danos foram poucos. Afinal errar é humano. Mas quando somos paupérrimos e temos de tirá-lo do nosso bolso, custa muito e faz formigueiro na ponta dos dedos.

E pior, assumirmo-nos e depois ficarmos a pagar por conta de alguma coisa que pode não acontecer. O dinheiro e as obrigações sociais inerentes são muito assustadoras e prendem-me os movimentos, atrofiam-me as vontades, fazem-me fechar os olhos ao meu percurso.

O certo é que faz parte do crescimento e é o passo que me falta para a maturidade profissional. Depois, se esta nova fase que se aproxima correr bem, vou poupar cada cêntimo para mudar de vida. Desejem-me sorte, porque esta insegurança só passa se acreditarmos em nós. Eu pelo menos quero muito.

sábado, 23 de maio de 2009

calmaria

Hoje é Sábado e está tudo silencioso á minha volta. O N. saiu em busca das ondas e eu fiquei aqui sozinha, sem música nem televisão. Só o bater dos meus dedos no teclado e o chilrear entusiasmado de uns passaritos, que se passeiam pelas árvores em frente á janela da sala. Muito ao longe o eco de barulho urbano..Todo o prédio está ainda meio adormecido.

Adoro estes momentos. Não que os quisesse todos os dias, o silêncio é bom em doses moderadas. Mas existe algo nestes breves minuto que me relaxa. Como tenho o dia por minha conta, dou-me ao prazer de não fazer planos e de ir andando ao sabor da disposição. Posso ficar todo o dia no sofá em pijama, pôr a leitura em dia, enfrentar a pilha de papéis amontoados e esquecidos, fazer a minha caminhada na praia e no parque, fazer a sesta, ver um filme empoeirado da prateleira...

Gosto muito da calmaria, é verdade, porque sei que depois, ao final da tarde, vou ouvir o trinco da porta a abrir-se e ao vê-lo com olhitos arregalados e o corpo dorido, volto a sentir o abraço quente e satisfeito, que me completa.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

faraway so close

Já dizia o sábio Wim Wenders e, já agora, os U2, em noite mágica cheia de estrelas.

Aqui sentada penso nos que estão longe e quase nunca vejo. Como é que se gosta de quem está tão longe? Como é que se matam essas saudades? A distância não apaga as recordações já dispersas, por vezes até desbotadas e as gargalhadas e lágrimas partilhadas.

As decisões tomadas vão-nos levando por caminhos diferentes e se há uns anos estávamos a viver em Dublin ou a saltar, sem medo ou consequência, por esse mundo fora, a tentar acompanhar os nossos desejos ou se ficamos aqui, mesmo, pés na terra, a vê-los partir sem promessa de retorno!... hoje estamos mais conformados, mais acomodados, mais definidos.

Mas as amizades não esmorecem enquanto houver um sorriso mal disfarçado ao receber aquele email longo, cheio de histórias novas, de vidas novas e promessas renovadas.
Ou a emoção pouco contida no encontro atrapalhado pela mudança, mas com o olhar seguro de sempre, cheio de curiosidade e contentamento.

Por isso, não há mal, porque muitas vezes quanto mais longe mais perto, à simples distância de um toque de um dedo..

terça-feira, 19 de maio de 2009

à descoberta

Dizem que nunca é tarde demais para aprender. Acho que isso é uma verdade absoluta. Mesmo que julguemos estar muito além daquilo que nos pedem diariamente e nos ressentirmos por já não estarmos a trabalhar com as ferramentas que conhecemos, gostamos e com as quais estamos á vontade.

Quando descobri que o meu novo público alvo era uma das pricipais vítimas da crise e que os meus catálogos de trabalho iriam mudar radicalmente, fiquei desolada.

Mas, vamos admitir que nem tudo são nuvens negras a flutuar por cima das nossas cabeças, com cheiro a vela de sândalo. Tenho aprendido muito. Orgulho-me, aliás, de em todos os sítios onde já trabalhei, ter absorvido informação com sofreguidão e fico contente com qualquer coisa nova que me possam dar.

Estou a perder o medo de mexer nas casas. Não só embonecá-las, colocar-lhes cortinas e almofadas, papéis de parede e tapetes. Finalmente, consigo deitar paredes abaixo. Perceber como se faz um encaixe de um flutuante com um xisto, como se encastra uma cisterna e como se inventam novas portas e se fecham velhas janelas. É bom. Muda-se tudo e o nervoso miudinho ao esperar a metamorfose, é excitante.

Ah, não se preocupem..Tudo com supervisão, claro está!

sábado, 16 de maio de 2009

não há amor como o primeiro


Às vezes até nos esquecemos do que realmente apreciamos.

Faz um ano que fiz menções à Cassina como uma das minhas marcas favoritas. Pois eles continuam activos, criativos e produtivos. Para mim, é como se cada peça fosse um novo rebuçado. Claro que se gosta sempre mais de um sabor de que de outro, pelo que os favoritos saltam-nos ao olho muito mais depressa.

Este ano, em rescaldo do Salone del Mobile, a simplicidade arrebatou-me. Faz-me pensar que ando a perder o meu tempo e a minha oportunidade em não criar mais.

Aparador Radar, Piero Lissony by Cassina.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

no churrasco



O N. contagia-me. Eu já gostava de grelhados, mas agora rendi-me e até estou a ver se aprendo a puxar a brasa à minha sardinha...literalmente.
Lá para cima, com o sol espevitado, em família, é já uma necessidade básica. E estamos responsáveis pela compra do dito, pelo que ando já a tirar umas ideias.
Sempre fui apaixonada pelo grill da Eva Solo, que é esteticamente perfeito. Mas há um mundo infindável de opções. Deixo aqui a minha última paixão. Só tem um defeito: cheira. A caro!

terça-feira, 12 de maio de 2009

coisas de mulher


Existem muitas coisas de mulher, já sabemos. Mas uma das mais importantes são as carteiras, malas, sacos e afins. E de vez em quando existem uns fenómenos causados por uma certa histeria colectiva, nada de novo entre a raça...
Eu não sou diferente. Além do reconhecido vício em sapatos e carteiras, gosto de coisas pouco usuais e que não passam necessariamente pelo caro e chic.
No ano passado visitei a feira de Milão, em Abril, a mais importante do ano, na área. Inesperadamente, entre os milhares de sacos das empresas participantes, de papel, plástico, cartão e outros, começámos a ver uns sacos dourados, lindos de morrer, com o logotipo da Tom Dixon. Ora, acho que o mulherio pirou e um marketing cuidado e bem direccionado acabou em pandemia!
Este ano, não eram dourados mas sim cobre. Infelizmente não pude ir. Mas alguém que me conhece e que me ama, lembrou-se e mexeu os cordelinhos para que um me chegasse às mãos.
É incrivel como podemos ser felizes com coisas tão simples.

sábado, 9 de maio de 2009

xiiiii

EEEIIIIIII!!!! Onde está o sol????

quarta-feira, 6 de maio de 2009

lar doce lar


Com o tempo a melhorar e o sol a aquecer, dá vontade de usar o exterior das nossas casas, por pequeno que seja... Recebemos já a nossa mesa de refeições, a belissima "Container Table" da Moooi. Ficamos histéricos porque agora começa a ser a sério, podemos jantar à luz de velas e contemplar a paisagem urbana, relaxadamente, ao sabor da brisa morna. Ficam a faltar as cadeiras da Roda, para depois passarmos da mesa á soneca, a que elas convidam! Para recordar, "every step of the way".