quarta-feira, 20 de maio de 2009

faraway so close

Já dizia o sábio Wim Wenders e, já agora, os U2, em noite mágica cheia de estrelas.

Aqui sentada penso nos que estão longe e quase nunca vejo. Como é que se gosta de quem está tão longe? Como é que se matam essas saudades? A distância não apaga as recordações já dispersas, por vezes até desbotadas e as gargalhadas e lágrimas partilhadas.

As decisões tomadas vão-nos levando por caminhos diferentes e se há uns anos estávamos a viver em Dublin ou a saltar, sem medo ou consequência, por esse mundo fora, a tentar acompanhar os nossos desejos ou se ficamos aqui, mesmo, pés na terra, a vê-los partir sem promessa de retorno!... hoje estamos mais conformados, mais acomodados, mais definidos.

Mas as amizades não esmorecem enquanto houver um sorriso mal disfarçado ao receber aquele email longo, cheio de histórias novas, de vidas novas e promessas renovadas.
Ou a emoção pouco contida no encontro atrapalhado pela mudança, mas com o olhar seguro de sempre, cheio de curiosidade e contentamento.

Por isso, não há mal, porque muitas vezes quanto mais longe mais perto, à simples distância de um toque de um dedo..

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