quinta-feira, 30 de abril de 2009

invertido

E se afinal é tudo ao contrário? E se eu não estou como penso e como me dizem que estou, afinal?
E se os últimos três anos não foram mais do que 'dores' forçadas? Afinal, o que passou, passou...
Era bom que assim fosse e que o me que tolda a vista só está cá porque, simplesmente, tem sido sempre mal resolvido e enrolado numa gigantesca bola de neve!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

domingo


Lembro-me que dantes detestava os Domingos. Achava-os os dias mais estúpidos da semana e ficava solenemente rabugenta quando me via presa em casa sem nada que fazer ou inventar. Agora só continuo a detestá-los porque, no dia seguinte, a semana de trabalho começa outra vez e a minha crise aguda das 2º Feiras não me larga todo o dia. O tempo nunca é suficiente para o dolce fare niente!

Claro que faço o melhor que posso e tento aproveitá-los ao máximo. Isto, geralmente, significa ficar enterrada no sofá a fazer um zapping interminável, mediante o tempo em que consigo manter as pálpebras abertas. Todos os filmes que tenho guardado para ver, com uma curiosidade quase inabalável, têm terminado ao fim de dez minutos com um ataque de sono fulminante, tombando, derrotada, nas almofadas.

Mas ontem variamos: a vizinhança decidiu pôr um ponto final nestes dias de ócio e juntar-se para uma lancharada. Aproveitei para matar as minhas saudades. Bebemos chá de tomilho e deixámos a conversa em dia. Nada muda mas tudo é diferente?

vintage


A sinfonia de cores de uma decoração dos anos 70 pode ser, de repente, uma instalação kitsch da nossa era. Ficamos apaixonadas pelos sanitários que foram removidos da casa do lago e ficaram perfilados contra o muro, á espera de serem levados, num último passeio, até ao ecoponto local. Até é um crime, pensamos! No entanto, ficaram as imagens para recordar o momento, a obra e o nosso trabalho suado.

mãe

Adiantar serviço com bom gosto e qualidade: isso é que é falar!! Ora, quando visitei a Marta no passado fim de semana, lembrei-me que a minha imaginação para presentes lindos de morrer e com bons preços não está em grande forma. Ela convenceu-me que estava errada quando me mostrou a nova colecção de aventais que está a fazer a pensar no dia da mãe. E eu nem hesitei. A minha mãe, que está a redescobrir os prazeres de viver, numa atmosfera rural, vai adorar o modelo, tão tradicional.

Visitem o site e inspirem-se. Os sacos de pão são lindos, as saias de morrer e o pior é mesmo escolher...

Marta Mourão @ http://sosaias.wordpress.com/

quarta-feira, 22 de abril de 2009

e a saga continua


estou convencida que dava uma bela montra...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

gastronomias


O N. diz e com razão que quando vamos para velhos viajamos aos fins de semana para comer.
Quando tinhamos 20 anos íamos a qualquer lado e sabíamos qual a discoteca que ia estar a dar, se os djs eram os melhores e enchiamos as malas de roupa da noite para curtir até ser dia. No dia seguinte dormíamos o dia todo e vegetávamos em frente à televisão.
Este fim de semana o ponto alto da viagem foi experimentar o que de melhor se come ou qual a esplanada com a melhor vista.
O pequeno almoço tomado no Pois Café, com direito a cereais com iogurte e mel e sumo de morango e menta, seguido de um saltinho ás melhores queijadas de sintra para depois fazermos um almoço na casa de chá do Palácio de Monserrate, um café adoçado com boa conversa, a ouvir a chuva e um lanche improvisado na casa da vista para o mar, com requeijão de seia e doce de tomate. Para terminar a orgia, jantar no Espaço Açores com prova de bife de atúm com batata doce e alcatra manteiga em pão.
No dia seguinte, mais concentrados no sol, que decidiu aparecer, descobrimos o belissimo moinho na Azóia e ficamos cheios de vontade de experimentar os mojitos. Fica para a próxima.
Para terminar em beleza, antes de apanhar o comboio de volta, um geladinho na geladaria Emanha com sabores de chorar por mais.
Claro que o melhor de tudo foi a companhia, incansáveis, que nos fazem ter vontade de voltar sempre.
E é bom sentir que afinal há sempre lugar para mais um.

terça-feira, 14 de abril de 2009

quem tem amigos tem tudo...


Quando a coisa está preta, negrume absoluto, só os temos a eles. E depois, nos dias bons, em que o sorriso permanece inalterado e as coisas boas acontecem-nos, é a eles que queremos por perto. As palavras mais doces e também as mais duras acabam por vir das suas bocas, porque querem sempre o melhor para nós. É um suave sossego.

Eu, que sempre achei que eram poucos, demorei a perceber que eram sobretudo muito bons. E ao manter o coração aberto tenho tido novos amores e aos poucos vou-me desagarrando de mim mesma e deixo-os entrar. Não posso pedir mais...

Nestes momentos custosos, em que a vida fica estagnada na estaca zero, vou trocando palavras e desafios e vejo-os a puxarem-me para a margem segura. E cá me vou segurando, um dia de cada vez, sem perder o pé.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

in bloom




As vantagens de ir para o campo nesta altura passam pelo inevitável cliché: a Primavera chegou! Ora, apesar de o tempo não nos ter agraciado estes dias e a Páscoa ter sido mais molhada que o costume, aquele passeio nos jardins, antes da almoçarada, deu para admirar muitos olhos citadinos. Eu adoro flores e se não fosse intoleravelmente preguiçosa tinha-as aos montes no meu terraço! Secalhar quando for velhinha vou dedicar-me à jardinagem, ao jeito mais british que se possa imaginar.

sábado, 11 de abril de 2009

em família


As festas do ano servem para isto. Juntar-nos. E cá estamos, cheios de motivos e pretextos para festejos, quando no fundo vimos para nos vermos, matarmos as saudades, abrirmos os nossos peitos apertados. Comemos bem, muito e bebemos de acordo, com escolhas especiais dignas da ocasião. Revemos as caras, relembramos os nomes, trocamos presentes. E depois, melhor do que tudo, passar o dia no sofá ou voltar para a cama a seguir ao pequeno almoço, sem culpa, é o maior luxo. No fim do dia, acabamos sentados à mesa a deitar conversa fora, satisfeitos da vida, cheios de vontade de voltar. Tudo à beira rio, hoje.

terça-feira, 7 de abril de 2009

o (in)dependente

Os telefones tocam. Todos ao mesmo tempo em sinfonias demoradas e coordenadas. Será conspiração? Uns berram, outros gritam, todos querem TUDO para ontem e eu aqui sentada, sozinha, encolho os ombros e penso no calor doce dos meus lençois.

E olho lá para fora, onde umas nesgas timidas de sol vão rasgando as nuvens zangadas. Eu só quero sair daqui, para outro tipo de (in)dependência. Mas devo estar muda e não sei, porque não consigo que alguém me oiça e me empurre.

Secalhar ainda não é tempo de mudança, se por várias vezes me dizem que tenho de esperar mais, aguentar mais, dar mais. Mas sonhar com isso, com a transição, dá-me alento para cá estar pacientemente, todos os dias.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

o futuro


o futuro, afinal, pertence a quem?