terça-feira, 7 de abril de 2009

o (in)dependente

Os telefones tocam. Todos ao mesmo tempo em sinfonias demoradas e coordenadas. Será conspiração? Uns berram, outros gritam, todos querem TUDO para ontem e eu aqui sentada, sozinha, encolho os ombros e penso no calor doce dos meus lençois.

E olho lá para fora, onde umas nesgas timidas de sol vão rasgando as nuvens zangadas. Eu só quero sair daqui, para outro tipo de (in)dependência. Mas devo estar muda e não sei, porque não consigo que alguém me oiça e me empurre.

Secalhar ainda não é tempo de mudança, se por várias vezes me dizem que tenho de esperar mais, aguentar mais, dar mais. Mas sonhar com isso, com a transição, dá-me alento para cá estar pacientemente, todos os dias.

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