quarta-feira, 8 de outubro de 2008

a velhice

Sexta feira faço trinta e UM anos.

Já anunciei: agora só o reconhecerei aos quarenta.

Até agora, nada me fazia realmente sentir a passagem dos anos. Um dia seguia atrás do outro e com tantas preocupações, ocupações e insatisfações do quotidiano, mal damos pelas diferenças.

Não é que me sinta mais surda ou mais cegueta. Ou que tenha reumático e a comida já não me saiba igual. Quanto ao alzeihmer, não digo nada, já me acostumei a memória de ervilha... Na verdade só noto quando ouço e percebo que, em geral, os meus comparsas na velhice já não admitem certas coisas, já não engolem todos os sapos e não estão para viver em sofrimento, em prol do dever cumprido.

Será um mal geracional ou estamos só a ficar caquéticos e resmungões, marretas deste show da vida?

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