quinta-feira, 25 de setembro de 2008

quando eu for grande

Ando farta de roer os cantos dos dedos. É uma mania de criança, sempre que os nervos se agitam, lá estou eu a rilhar os polegares. Não é bonito, eu sei, mas é sinal de que alguma coisa tem de acontecer e eu estou em pulgas.
Daqui da janela do 4º Esq. Frente, vê-se o mar, muito azul e as cortinas estão em reboliço com este vento de Outono.
Aqui, sentada á secretária, cheia de sonhos, só penso e repenso, enquanto tamborilo os dedos no branquinho do tampo, truz, truz, truz *embalada*
Que falta faz agir, sem pensar, sem recordar erros passados, saltarmos de um penhasco para o infinito ou fecharmos os olhos e continuarmos a andar, sem medo. Tropeçar, cair, esmurrar os joelhos e o queixo, e depois voltar a levantar, sem vergonha, e começar tudo de novo.
Dizer sempre que sim ou que não, sem medo das consequências. Sem pensar se vai ou não resultar. Atirar muito, muito barro á parede.
Acreditar nos amigos e confiar em nós. Sem desistir a meio, só porque é fácil. E saber esperar pelos resultados com muita tranquilidade. Ou tomar a responsabilidade de fazer o correcto, o que é melhor para nós, "nós" que é um conceito recente mas que sabe a pipoca e a algodão doce e que vale a pena preservar!
Arriscar por amor à camisola. Mas qual delas, afinal?

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