quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Bombardeiro






Hoje a Margarida veio-me buscar e fomos bisbilhotar a Rua Miguel Bombarda.

Quem sonha com movimentos artísticos alternativos e manifestos de criatividade, passa obrigatoriamente por aqui. Mas eu que, apesar de tudo, navego no mar da imparcialidade conservadora e não sigo nenhuma política tendencial, fiquei sem saber que pensar...

Miguel Bombarda tinha tudo para dar certo. Mas vive apenas de dias sazonais: as inaugurações das galerias da rua. Todos os outros dias, especialmente á semana, os espaços estão vazios, sem músicas ou ruídos, com meninas e meninos entediados, sentados a olhar para o vazio. Nas ruas, as portas estão fechadas e há lojas que só funcionam ao fim de semana, pudera...

O mais estranho é que quando entras, ninguém quer vender-te nada. Aliás, em frente a uma fatia de bolo de noz e uma meia de leite, vi-me pasmada com as caras de chateação de quem nos serviu. Mas afinal, o que é que se pretende?

O conceito é belo e há excepções, destaques feitos a algumas lojas no quase simpático CCB, á Muuda, na Rua do Rosário, e ao Edificio Artes em Partes que apesar de tudo mantém-se igual a si próprio. Para o "chá das cinco" fiquei entusiasmada com o Quintal, mix de biológico com gourmet.

Ainda assim, o melhor indicador é que nenhuma de nós gastou um tostão... Alguém me diz quando são as próximas inaugurações?


1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Andreia! Penso exactamente o mesmo da maior parte dos espaços comerciais da Miguel Bombarda: está tudo com ar de "não me toques" e parece que ninguém quer vender nada.
Não percebo é porquê, numa zona tão bonita e com tanto potencial.