segunda-feira, 6 de julho de 2009

para onde vais? vou para a festa!! de onde vens? venho da festa *yawwwwnnn*

Já não me lembrava de tanta festa seguida. Não há dúvida que o meu corpo e o meu espírito começam a recuperar: adorei o festival Mestiço e fui quase todas as noites, com o mesmo espírito e curiosidade. O meu bichinho da responsabilidade falou um pouco mais alto, ontem á noite, porque isto de começar a trabalhar ás 8 da manhã tem que se lhe diga... Perdi a coragem e deixei-me estar no quente. Mas com pena...

Na 5º F, apreciei a surpresa de ouvir e ver o JP Simões. Não esperava grande coisa e estava relaxadamente á espera do vozeirão da Virgínia Rodrigues. No entanto, ele revelou-se um comunicador/poeta espirituoso. Confesso que estava cansada, pelo que os acordes "zen" do Naná Vasconcelos não me arrebitaram e passei pelas brasas uma ou duas vezes..

O dia seguinte revelou-se muito mais proveitoso: ninguém resiste ao encanto de uma verdadeira Orquestra Imperial. Eram muitos e bons. Divertidos, animados e contagiantes. O público começou a aquecer, a música também e ninguém mostrava sinais de cansaço. Quando os Babylon Circus entraram em palco, ainda estávamos entusiasmados. Eles estiveram á altura e incendiaram a sala. No final, já perto das 2 da manhã, era ver quem mais gritava, pulava e batia palmas. Todos os finais de semana deveriam começar assim: uma verdadeira purga dos stresses e males do trabalho.

No Sábado, a boa disposição esteve sempre em alta e á noite lá estávamos, desta vez na Praça, porque o tempo o permitiu. Confesso que já não me soube ao mesmo. A sala Suggia é especial, esmagadora... O frio deixou-nos todos encolhidos e os berros da LA DI DAI não nos excitaram. Pelo contrário. Valeu pela actuação da Comunidade Nin-Jitsu: apesar das letras secas e brutais do funk brasileiro de favela, o rock clássico à mistura despertou a minha curiosidade. Aliás, eu estava de queixo caído a ouvi-los gritar "PERDI A MINHA ERVA" (diga-se: a letra mais soft da actuação) enquanto o público, na sua maioria na faixa etária dos 16-20 anos, batia palmas e gritava, sons cúmplices e entendedores. Aliás, os aromas por todo o recinto não deixavam dúvidas.

Os Natiruts, supostamente reggae brasileiro puro e duro, foram muito mais consensuais, com músicas leves e ligeiramente enjoativas, com tanta "POSITIVIDADE!!!". Não ficamos até ao fim, porque não havia mais nada a esperar e para os ouvir tanto fazia ser lá como em casa.

Ontem, depois de termos dormido quase todo o dia, baldei-me. O N. foi na mesma, para tirar a limpo o que os Konono prometiam. Veio satisfeito, valeu a pena. Eu, meia arrependida, penso que, pelo menos, para o ano há mais!

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