sexta-feira, 9 de outubro de 2009

bliss




E assim perdemos a cabeça, em gesto de desafio. Um dia antes sonhámos e que bom foi a sensação de decidir nas últimas, suar os últimos minutos e partir naquela estrada, pela noite dentro. E ao chegar: escuro como breu, mas envoltos em brisa morna e aromas de mar. Ao acordar, quase que sentia na boca o mastigar lento do pão alentejano com manteiga a derreter em gotas espessas. E o café quentinho, revigorante que nos ia lançar para o mundo: estávamos na costa alentejana, welcome to Zambujeira do Mar - we hope you enjoy your stay with us.

Assim foi, não pedimos nada e não fizemos planos. Sem expectativas, apenas a de gozar a companhia dos belos amigos, chamámos sala à praia e deliciámo-nos com o sol de Outubro, de pouca dura mas de muita vontade. Tanta vontade que quase me convenceu de que as férias não têm de durar, nem têm de ser no Verão - as férias são mesmo quando o homem quer e o São Pedro permite. E este foi o fim de semana mais rentável do ano, pois certamente valeu pelos vários em que tristemente olhámos o céu cinzento e choroso.

De jantares estamos conversados, quisemos ver e saber de coisas novas mas também revivemos velhas glórias. Bom vinho, melhor peixe e até umas divinas tostas em pão caseiro.

E não houve minuto desperdiçado a não ser o da pena de vir embora, porque na verdade, daqui a nada, partimos outra vez.

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