quinta-feira, 29 de outubro de 2009

o baú

Às vezes um nadinha de nada mexe connosco.

De repente, de um salto, deitamos a mão ao baú e procuramos conforto, consolo e refúgio nas nossas memórias enferrujadas. Que bom é sentir de novo o que se sentiu, lembrar, rever momentos, caras e imagens. Amores e amizades. Se as recordações são boas, porque não o velho passeio "down memory lane"?

E num segundo, vemos o tempo em que as experiências sabiam sempre a pouco e nos aventurávamos a tudo o que nos arrepiasse a espinha. As veias latejavam, o coração batia acelerado e sem medo, desfiávamos a vida sob o toque seguro dos dedos. Mil palavras num silêncio, raciocínios articulados, tantos segredos partilhados ao ouvido, num olhar cúmplice. E depois, a música, os livros, os filmes, tantas referências, aprender a ser e a querer. Crescer. No fim, uma amizade inabalável, única, demasiado calada mas sempre reconhecida em suaves sorrisos de reencontro.

Ao meu amigo, que hoje recordei ao abrir o baú e ao desempoeirar as páginas, um grande bem hajas. Caso para dizer: Faraway, so close...

Quid pro Quo

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