quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

l'amour

Hoje pensei: que vou eu escrever?

Nada, pensei. A inspiração não tem sido uma constante. Acho que quando sentimos invariavelmente as mesmas coisas nem nos devemos maçar. A imaginação começa a faltar, os laivos de genialidade são inexistentes e a vida começa a ser uma grande chatice. E eu que tenho uma queda para o melodrama, fico farta com facilidade. É dificil viver comigo, sou um saco sem fundo, uma esponja de motivação, uma insatisfeita permanente.

Mas tenho sorte: uma das coisas que me provoca felicidade em contínuo é amar.
Assim pensei que, de facto, olhando em volta, não há muita gente que possa dizer o mesmo, o que faz de mim uma felizarda.

Sendo um eterno e batido cliché, foi um tiro certeiro para ambos. E quando menos se esperava, passou de giro a sério. E num abrir e fechar de olhos, os trapos foram atirados para o mesmo armário, a cama dividiu-se em dois e passei a ter leite de soja no frigorífico. Se isto não é amor, então não sei que vos diga.

Mas, o momento em que mais o sinto é quando todas as manhãs fico com o peito apertado, ao sair de casa. Porque morro de saudades no momento em que a porta bate. E porque temos um dia inteiro pela frente sem nos vermos.

E porque saber e dizer que a minha casa é agora nossa, adoça-me a boca e o coração.

Assim, quase dois anos depois e muitas lutas cá dentro e lá fora, deixo aqui uma singela manifestação de amor e um desejo de suave continuidade deste abraço apertado.

4 comentários:

Marta Mourão disse...

O amor é liiiiiiiiindo!!!!!!!!! :D

Anónimo disse...

Oh como eu percebo essas palavras ... e fico tão feliz de saber que as partilhamos!

Ana disse...

UAU, isto é que é ...
Agarra-a bem N.
Nós cá te continuamos a querer ler, mesmo sem inspiração escreves melho que essas Margaridas da vida :)

Anónimo disse...

omg!